Recentemente, a palavra “tricotilomania” veio a público devido ao problema observado em uma das participantes do programa Big Brother Brasil.

Mas você sabe o que é tricotilomania?

O que é?

Originada do grego (trico quer dizer “fio” ou “cabelo” e tilo “puxar”), a tricotilomania é uma desordem comportamental na qual a pessoa sente um impulso incontrolável de arrancar os próprios cabelos – utilizando, para isso, os dedos ou instrumentos como pinças – o que pode levar a uma falha no couro cabeludo. Outros pelos do corpo também podem ser acometidos (arrancados), como cílios e sobrancelhas.

O problema é mais frequente em duas faixas etárias: meninas menores de 10 anos e mulheres adultas (neste caso, a proporção é de quatro mulheres para um homem).

Alguns sintomas comuns:

• Mexer frequentemente nos cabelos;
• Puxar ou enrolá-los constantemente;
• Arrancar os cabelos (ato que pode ou não ser consciente);
• Mastigar, morder ou engolir os fios (tricofagia).

Quais as causas desse transtorno?

De causa ainda não totalmente definida, a tricotilomania é classificada como transtorno de controle dos impulsos e faz parte do mesmo espectro do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).

É uma psicodermatose, sendo desencadeada por estresse, depressão e ansiedade.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é dermatológico, mas o tratamento é comportamental e multidisciplinar, envolvendo profissionais da saúde mental, como o psiquiatra e o psicólogo. Em adultos, pode ser necessário o tratamento com medicamentos.

O prognóstico depende muito da faixa etária envolvida. As crianças têm um bom prognóstico (conseguem parar de arrancar), ao contrário dos adultos.

Diante do problema ou dos primeiros sintomas, busque ajuda médica.

Leia também: Nota técnica sobre a segurança e a eficácia do Minoxil oral no tratamento das alopecias