Tratar a pele acabou se transformando em algo muito maior do que uma simples rotina de higiene e beleza, no Brasil e no mundo. Tal ato passou a ser considerado também uma prática de bem-estar. Com toda a sua popularização, inúmeros são os que gostam de fazer skincare em diversas etapas, entre séruns, sabonetes, brumas, ácidos, óleos e esfoliantes. Mas será que o skincare com muitos passos vale mesmo a pena?
Segundo o estudo científico “Evidências clínicas dos benefícios de uma rotina avançada de skincare em comparação com uma rotina simples”, os passos de tratamento para a pele são comumente promovidos pela indústria cosmética; porém ainda é pouco embasado por evidências teóricas, se comparado com a aplicação de apenas um produto dermocosmético.
Entretanto, na publicação cuja ideia é demonstrar os benefícios clínicos de um protocolo mais detalhado versus um mais simples, alguns dados coletados são interessantes.
Antes disso, para exemplificar, a rotina de skincare mais detalhada da pesquisa engloba o uso de:
- limpador (ou sabonete específico para a face);
- tônico;
- creme para a área dos olhos;
- sérum;
- creme para uso diurno;
- creme para uso noturno.
Já a rotina de skincare mais simples:
- limpador
- creme diurno
Foram avaliadas 49 mulheres, de diferentes tipos de pele e níveis de hidratação. Elas foram analisadas no dia do início do estudo e depois de quatro semanas.
A conclusão, resumidamente, é de que a rotina mais completa teve melhores resultados na hidratação superficial e profunda, menor aspereza da pele, diâmetro de poros, heterogeneidade da melanina, profundidade das rugas e linhas e pele com mais brilho, se comparadas com a rotina simples.
Além dos resultados apresentados no curto prazo, o estudo também cita o impulsionamento, com a rotina mais complexa, da criação de hábitos para a prevenção dos sinais de envelhecimento.
Só que assim como existe esse estudo demonstrando melhores resultados com uma rotina com mais passos, também existem outros que demonstram a propensão a dermatites por quem exagera no número de produtos. O melhor, portanto, é que a prescrição seja feita pelo médico dermatologista, pois ele também levará em conta o tipo de pele do paciente, como mista, seca, oleosa, com rosácea ou sensibilidades.
O artigo foi desenvolvido com o auxílio da dermatologista Dra. Rossana Vasconcelos.