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Uma das manchas mais temidas por quem cuida da pele com bastante afinco, principalmente entre as mulheres, é o melasma. Conversamos com a Dra Edileia Bagatin, professora associada e livre docente do Departamento de Dermatologia da Escola Paulista de Medicina (UNIFESP) e coordenadora do Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) para que ela sane as principais dúvidas a respeito do tema, bem como explique como identificá-lo.

O que é o melasma?

O melasma é uma mancha de cor acastanhada bem localizada. A condição aparece, majoritariamente, na região das bochechas ou na testa. É um problema dermatológico que não tem cura, mas há tratamento (para o seu controle). Sobre o tipo físico afetado, acomete, em número ampliado, mulheres de pele morena e, em menor escala, os homens.

O que o desencadeia?

O melasma é um distúrbio da pigmentação que possui muitos fatores envolvidos, porém o mais importante deles é a exposição solar e, nas mulheres, o uso de anticoncepcionais e a gestação.

Posso evitá-lo?

É bem difícil evitar o surgimento do melasma. As manchas aparecem, inúmeras vezes, sem a possibilidade de identificação do desencadeante. O melhor então é evitar o sol sem proteção, usar filtro diariamente (preferencialmente os com cor) e, se você tiver casos de melasma na família, redobrar tais cuidados, principalmente se está tomando anticoncepcional ou for gestante.

Quais são as áreas afetadas?

O melasma, que sempre é caracterizado por sua cor acastanhada, não aparece em áreas cobertas do corpo. O principal local de aparecimento é o rosto, mas também pode acometer o antebraço e o colo.

Ele tem tratamento?

Sim. Eles são inúmeros e denominados tratamentos de controle. Os que mais surtem efeito, entretanto, são os do tipo clínico; ou seja, quando são aplicados cremes específicos para combater o melasma somados à proteção solar com FPS alto e de amplo espectro. Além dos cremes, existem alguns procedimentos coadjuvantes, porém sempre sendo analisado caso a caso, por dermatologista. Assim que é conquistada uma melhora no quadro, é preciso investir em um tratamento de manutenção, além da contínua proteção solar.

Como identificar se uma mancha é ou não melasma?

O melasma é bem característico clinicamente, pois é uma mancha que não é pequena. Ela é acastanhada, delimitada e se diferencia muito de outros tipos de manchas escuras.

Caso a mancha não seja melasma, seu protocolo de tratamento costuma ser diferente?

Sim. Existem inúmeros tipos de manchas acastanhadas e de tamanhos distintos. Algumas são, por exemplo, consequência de processos inflamatórios, como após a melhora da acne. A abordagem terapêutica é diferente.

Se eu descobrir uma nova mancha acastanhada na pele, preciso buscar Pronto Atendimento ou dá para esperar e marcar um dermatologista?

Não é necessário ir ao Pronto-Socorro. Uma mancha acastanhada, em geral, não é algo urgente. O que pode sugerir uma busca mais rápida pelo dermatologista é alguma lesão de cor preta, bem escura.

 

O artigo foi desenvolvido com o auxílio técnico da Dra. Edileia Bagatin, professora associada e livre docente do Departamento de Dermatologia da Escola Paulista de Medicina – UNIFESP. Coordenadora do Departamento de Cosmiatria da SBD – Sociedade Brasileira de Dermatologia.