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O melasma é uma doença de pele classificada como dermatose crônica. Portanto, que aparece por uma tendência genética que se manifestará durante a vida da pessoa. Ele é causado pela radiação ultravioleta, também conhecida como luminosidade ambiental. Ela induz a pigmentação exacerbada da pele, principalmente, em mulheres geneticamente predispostas.

Populações mais atingidas

O melasma ocorre com maior frequência em populações com fototipos altos, como asiáticos (Sudeste Asiático) e latinos.

O melasma só ocorre no verão?

As manchas do melasma possuem diferentes nuances amarronzadas e seus principais gatilhos são a gravidez e o uso de anticoncepcional oral. É uma condição que se agrava no verão, mas também pode surgir se a pessoa ficar muito exposta ao sol do inverno.

Tratamento essencial

O tratamento do melasma envolve, primeiramente, o bloqueio da ação do sol sobre a pele, ou seja, da radiação ultravioleta (UV). Esse é o principal pilar. O paciente com melasma precisa estar o tempo todo fotoprotegido, com filtros solares adequados, além da proteção mecânica (chapéus, por exemplo).

A luz visível emitida por notebook, celular, televisão e tablet é muito fraca para influenciar o melasma. A pessoa precisa usar protetor solar em casa, todavia, por causa da luz ambiental que adentra o recinto, através das janelas.

Uso de clareadores

A base do tratamento do melasma é de origem combinada. O paciente vai usar o filtro solar todos os dias e receber do dermatologista a indicação de clareadores um pouco mais potentes na fase de ataque (mais forte, para clarear as manchas). Posteriormente, passará a usar clareadores mais leves, para manter a pele homogênea ao longo do tempo.

Laser e outros tratamentos 

Em relação ao laser, ele não é considerado a primeira opção para o tratamento do melasma. No mercado há o chamado Q-Switched, que pode ser usado com uma intensidade baixa, de maneira bastante delicada, em pacientes que têm uma grande dificuldade de tolerância aos cremes.

É importante ressaltar que o laser e a luz pulsada precisam ser indicados com muita cautela em casos de melasma, portanto. O principal efeito colateral deles é justamente aumentar a pigmentação.

Se a ideia é escolher um procedimento para complementar o tratamento, você pode conversar com o seu dermatologista sobre peelings químicos superficiais, bem leves e não agressivos. Há também o microagulhamento leve.

Melasma: filtro físico, químico ou com cor?

Filtro físico é uma ótima opção para pessoas que possuem melasma. Porém, apenas ele deixaria o aspecto do rosto esbranquiçado. Filtros com fórmulas combinadas (químico e físico) funcionam melhor, idealmente o colorido. Um critério de aplicação: passou o filtro com cor no rosto, tampou a mancha, você está protegido.

 

O artigo foi desenvolvido com o auxílio técnico da Dra. Karime Marques Hassun, dermatologista graduada em medicina pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Especializada em dermatologia com mestrado na área pela EPM/UNIFESP, ex-coordenadora da Unidade de Cosmiatria do Departamento de Dermatologia da EPM/UNIFESP.