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Na última segunda-feira (19) a coreógrafa Deborah Colker sofreu um grande contrangimento com a família e o neto de 3 anos, que tem epidermólise bolhosa, quando embarcavam em um vôo da Gol no trecho de Salvador ao Rio de Janeiro. Tudo começou quando o comandante da aeronave se recusou a decolar por causa da doença de pele de Theo. “Nunca passei por algo semelhante”, disse Deborah.

Deborah viajava com a filha Clara, o genro Peu e o neto Théo quando o comandante exigiu um atestado médico que autorizasse a viagem do menino antes de decolar em Salvador. “Ele é o meu filho tem epidermolise bolhosa e não tem problema nenhum em viajar; sua doença não é contagiosa e ele está bem. Já viajei inúmeras vezes com ele para dentro e fora do Brasil. Nunca passei por isso. Basta olhar para mim, para o pai e para a avó que vivem agarrados nele e não têm nada”, respondeu Clara segundo depoimento publicado por ela em sua página no Facebook.

Deborah, que já viajou com o neto até para os Estados Unidos sem nunca ter sido incomodada, contou que o incidente começou já no check-in, quando um funcionário da companhia questionou o problema do menino.

O pior, no entanto, aconteceu dentro da aeronave. “As portas já estavam fechadas quando o comandante me avisou que não viajaria se eu não apresentasse um atestado médico”, afirmou a coreógrafa. “Como obviamente eu não dispunha, ele chamou um funcionário da Infraero.” Enquanto isso, dois agentes da Polícia Federal ficaram do lado de fora do avião.

Deborah, uma das mais importantes coreógrafas do Brasil (chegou a comandar espetáculos do Cirque du Soleil), disse que tentou não utilizar o fato de ser conhecida para se impor. “Mas não tive outra escolha”, contou ela, que passou ao menos 45 minutos sofrendo constrangimento com a negativa do comandante até de ir à cabine de passageiros.

“O que me deixou emocionada foi a solidariedade dos outros passageiros”, comentou. “Todos ficaram horrorizados com o que estava acontecendo.” Enquanto a ação se desenrolava, diversas pessoas relataram o fato nas redes sociais.

Ao desembarcar no Rio, Deborah recebeu mais gestos solidários, com passageiros se oferecendo como testemunhas. E, ao longo do dia, ela também foi contatada por médicos, dispostos a assinar laudos comprobatórios.

A coreógrafa afirma ter recebido um telefone do presidente da Gol, Paulo Kakinoff, desculpando-se. “Mesmo assim, eu disse a ele que pretendo processar a companhia – para dar um exemplo.”

Através de nota oficial, a Gol afirmou que preza pelo respeito aos clientes e às normas de segurança. “Em relação ao voo G3 1556 (Salvador/BA – Rio de Janeiro / RJ), esclarece que está analisando o ocorrido e tomará as medidas cabíveis.”

Informações Estado de São Paulo e Veja. Elaboração nota: FocoPress Comunicação Corporativa

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Vejam link abaixo:

http://m.g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/08/entenda-o-que-e-epidermolise-bolhosa-doenca-genetica-da-pele.html