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Infelizmente, praticantes de atividade física ao ar livre são um prato apetitoso para o Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, febre chikungunya e zika. A depender da composição do suor, o mosquito pode se sentir mais ou menos atraído. A mistura de dióxido de carbono, amônia, ácido láctico e outros ácidos que o formam não tem cheiro, mas a ação de bactérias na superfície da pele confere às substâncias presentes no suor o odor forte.

Pesquisas empreendidas pela Universidade de Wageningen, da Holanda, indicam que o ácido láctico e a amônia atraem os mosquitos. Diante disso, o que podem fazer os corredores e ciclistas para evitar essa companhia indesejada nos treinos? O quadro se torna mais complicado porque a ação dos repelentes é prejudicada pelo suor.

Segundo a dermatologista Carolina Marçon, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a vasodilatação, que ocorre durante a prática de exercícios, torna mais intensa a exalação de odor. Ela recomenda que se evitem locais com alto índice de incidência de casos dessas doenças. Uma dica bastante útil é a aplicação de repelente na própria roupa. “A roupa vai demorar mais tempo para ficar empapada de suor. Além disso, o praticante de exercícios não deve deixar de proteger o pescoço e os braços”.

A médica recomenda, no entanto, que não se abuse do repelente. “A vasodilatação aumenta a capacidade absortiva da pele, e não podemos esquecer que o repelente é tóxico”. Dessa forma, o repelente não deve ser reaplicado mais do que duas vezes.

Já Caroline Assed Saad, também ligada à Sociedade Brasileira de Dermatologia, sugere a aplicação de repelentes à base de icaridina, cujos efeitos são mais prolongados. Outras recomendações importantes: usar toalhas para secar o suor, escolher roupas com mangas compridas ou até calças, se o calor permitir. Tecidos não tão quentes, como o dry fit, são um bom paliativo. As cores claras ajudam a repelir os mosquitos.

Fonte: O Nortão