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Os bioestimuladores são substâncias usadas na dermatologia, sob a pele, que possuem grande capacidade de aumentar e estimular a produção do colágeno. O colágeno é uma proteína presente naturalmente em nosso corpo que mantém a saúde e a juventude de certas estruturas, como a pele.

Tipos

Os principais bioestimuladores disponíveis no mercado, atualmente, são a hidroxiapatita de cálcio e o ácido poli-l-lático. O ácido hialurônico, que é mais reconhecido como um preenchedor, também pode desempenhar a função de bioestimulação de colágeno, em casos específicos.

Poupança da juventude

No processo de envelhecimento humano (a partir dos 29 anos de idade, em média) ocorre uma perda natural de colágeno. Por esse motivo, a grande função dos bioestimuladores é aumentar a produção dessa proteína para poder manter seus níveis minimamente estabilizados com o passar do tempo. Podemos falar que os bioestimuladores acabam funcionando, basicamente, como uma poupança de colágeno para que o processo do envelhecimento seja mais suave.

Aplicação

O ideal é que o procedimento de bioestímulo seja realizado por um médico, que é o profissional mais capacitado para fazer o diagnóstico da necessidade do procedimento, o ato da injeção (sem comprometer partes anatômicas) e o acompanhamento do paciente, posteriormente. Ele é o profissional que melhor pode avaliar os resultados e a condução de algum possível efeito colateral.

Os bioestimuladores podem ser utilizados tanto no rosto quanto no corpo. Além da face, as áreas de maior aplicação são o pescoço, o colo, a parte interna dos braços, as mãos, a barriga, as nádegas e a parte interna das coxas.

Efeitos colaterais e contraindicações

Como todos os procedimentos injetáveis, é necessário haver muita atenção com a realização do protocolo, para evitar os efeitos colaterais. Os principais são: aparecimento de marcas roxas no local da aplicação (hematomas) e um pouco de inchaço na região (edema). Ambos os problemas citados anteriormente são simples de resolver e reversíveis.

Existem também os riscos quando o procedimento não é executado de maneira correta: a infecção no local, a formação de nódulos e, em casos mais raros e graves, o risco de uma oclusão vascular, que pode levar a complicações como a necrose

As contraindicações são para pacientes que tenham uma resposta imune alterada do organismo, por exemplo, os pacientes com doenças autoimunes. Também não podem se submeter ao tratamento pessoas com alguma infecção ativa no local da aplicação e gestação.

 

O artigo foi desenvolvido com o auxílio técnico da Dra. Alessandra Romiti, médica graduada pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Residência em dermatologia no Hospital das Clínicas da FMUSP. Título de especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Membro da SBD e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD).