O principal problema que acomete a pele no verão é, sem sombra de dúvidas, as queimaduras solares. Elas, que deixam a tez avermelhada, sensível e até com bolhas, acontecem por uma exposição aos raios ultravioleta sem proteção adequada do indivíduo. Tal problema pode ser evitado com o uso de filtro solar e bloqueadores físicos (chapéus, roupas e guarda-sol com proteção UV). 

A exposição prolongada também pode ser prejudicial, que é quando você começa com segurança (usando protetores), porém os esquece ao longo das horas.

Melhor hora

É importante ressaltar que a exposição longa e cumulativa ao sol pode causar câncer de pele. Evite o período com maior incidência de raios, que ocorre entre 10h – 16h. 

Também podemos citar como problemas comuns do verão o aumento da incidência de acne e de dermatite seborreica (coceira e descamação do couro cabeludo). 

As rosáceas também podem piorar no período, assim como o melasma (manchas faciais mais comuns em mulheres em idade reprodutiva) e as micoses. Este último problema ocorre, em diversos casos, pelo uso, por horas a fio, de roupas molhadas (por água do mar, piscina ou suor) e contato com áreas úmidas, como o entorno da piscina e os vestiários. O ideal é sempre estar calçado nesses ambientes.

Evite receitas milagrosas

O pano branco, como é popularmente conhecida a pitiríase versicolor (infecção fúngica comum que provoca pequenas manchas descoloridas na pele) também costuma aumentar no período mais quente do ano. Na dúvida se está com a patologia, o ideal é consultar um dermatologista e evitar receitas caseiras, sem respaldo científico e que muitas vezes podem piorar o quadro ou desencadear outros problemas, como queimaduras e irritações. 

Cuidados básicos

A melhor forma de manter a pele íntegra durante os meses de maior calor e luminosidade é focar na hidratação. Beber muita água, usar dermocosméticos com potencial hidratante e, com certeza, não deixar de usar protetor solar e reaplicá-lo ao longo do dia (tanto no corpo quanto na face). Para pessoas com a pele já manchada, o ideal é que ele seja do tipo com cor. 

Na cabeça

Sobre o couro cabeludo, o ideal é que a área esteja limpa, sem excesso de poluição, produtos ou oleosidade. Lave-os todos os dias ou em dias alternados. Mesmo assim, se perceber algum tipo de irritação ou queda dos fios, procure um médico dermatologista para avaliação e tratamento. 

O texto teve auxílio técnico do Dr. Dimitri Luz, médico dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, atuante nos hospitais Oswaldo Cruz e Albert Einstein. Pesquisador em psoríase e imunodermatologia.