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Em casos como os da pandemia da COVID-19, em que é crucial vencer a corrida contra o relógio, é praxe que a comunidade científica mundial volte sua atenção para a possível eficácia de medicamentos utilizados no tratamento de determinadas doenças no combate ao novo coronavírus. Alguns estudos que estão em andamento:

Ivermectina – em teste in vitro realizado na Austrália, o medicamento usado contra parasitas mostrou-se capaz de interromper a ação do novo coronavírus em até 48 horas.

Atazanavir – fabricado em larga escala no Brasil e comumente utilizado no tratamento da Aids, o medicamento tem se mostrado uma possibilidade em tempos de pandemia – com efeito superior ao da cloroquina. Teste in vitro conduzido por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indicou que o atazanavir é capaz de inibir a replicação do novo coronavírus e de reduzir a produção de proteínas ligadas ao processo inflamatório dos pulmões, relacionado ao agravamento do quadro clínico da COVID-19. Também está sendo investigada a combinação de atazanavir e ritonavir, outra droga usada no combate ao HIV. Coordenada pelo CDTS/Fiocruz, o estudo conta também com cientistas do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino e da Universidade Iguaçu.

Heparina – O Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, está finalizando um protocolo experimental do uso de heparina, um anticoagulante, para tratar casos graves de infecção pelo novo coronavírus. O protocolo deve ser avaliado, em breve, pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).

Publicados dia 27 de março no Journal of Thrombosis and Haemostasis, os primeiros resultados de um estudo chinês sobre a eficácia da heparina contra o novo coronavírus indicam que o número de mortes foi menor apenas entre pacientes com predisposição a distúrbios de coagulação.

– Plasma sanguíneo – A Conep deu o aval para que os hospitais Sírio-Libanês e Einstein, de São Paulo, conduzam estudo sobre o uso de plasma sanguíneo de pacientes recuperados da COVID-19 em pessoas que ainda têm a infecção. O estudo é realizado em parceria Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e a triagem de possíveis doadores começou dia 6 de abril.