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Silmara Regina Rodrigues, 45 anos, que estava internada desde o dia 8 de outubro no Hospital de Base de São José do Rio Preto, no interior paulista, faleceu no dia 19 de outubro devido a complicações decorrentes de uma lipoplastia cervical (cirurgia de redução de papada) realizada por uma dentista. É fato que a sociedade brasileira vem assistindo a uma escalada de complicações oriundas de procedimentos estéticos. Esses tratamentos invasivos praticados por profissionais não médicos expõem o paciente a riscos, principalmente porque eles não têm o conhecimento necessário para agir prontamente em caso de intercorrências graves, como aconteceu nesse caso. “Antes de realizar qualquer procedimento estético, é fundamental avaliar os riscos e procurar um profissional que saiba atuar tanto na técnica quanto no atendimento de uma eventual complicação. E esse conhecimento mais amplo, que garante a segurança do paciente, é domínio apenas do médico”, esclareceu a Dra Eliandre Costa Palermo, Presidente da SBD-RESP. A Dra Luciana Conrado, Coordenadora de Defesa Profissional da entidade, completa: “Além de ampliar a discussão sobre os limites da atuação profissional, sociedade e pacientes devem ser adequadamente informados para fazer suas escolhas.” Por ocasião da internação de Silmara, a SBD divulgou nota sobre o incidente do interior paulista. “É preciso que as autoridades proíbam que profissionais não médicos executem esses atos”, reforçou Dr. Sérgio Palma, Presidente da SBD, no site da entidade. Por conta dessa situação preocupante, a RESP tem promovido várias ações para estimular o debate sobre complicações decorrentes de procedimentos estéticos. Além de incluir o tema na pauta de seus eventos, caso da 24ª RADESP & I DERMATOAGE, realizados de 10 a 12 de outubro em São Paulo, a RESP organizou em agosto deste ano, juntamente com o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), o Fórum de Segurança do Paciente.