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Tenho 78 anos e desde os 40 sofro de uma queda de cabelos inexplicada. Tenho  hipotiroidismo, mas estou desde há muito tempo sob supervisão médica. Faço exames regularmente. Sou saudável, quanto a outros aspectos.
Uma dermatologista constatou pouca quantidade de ferro. A queda é constante, inverno ou verão, perco um exagero de fios, mas não tufos. Os novos cabelos estão cada vez mais finos, estou a caminho de exibir calvície.
Sei que idosos perdem muito cabelo, mas meu caso é notável pela quantidade excessiva e pela velocidade em que os fios se vão.
O que eu faço?
R.C.S.C.

Após os 40 anos, pelo menos 50% das mulheres se queixam de perda de cabelo, segundo José Régis, coordenador do departamento de cabelos e unhas da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

O quadro costuma se agravar após a menopausa, devido à diminuição da produção de estrogênio, que possui um efeito protetor em relação ao cabelo.

As doenças citadas podem contribuir para a queda.

Queda de cabelo é uma coisa comum, porém, o problema ocorre quando não há reposição, o que leva a uma diminuição progressiva do volume.

Outros fatores, como química no cabelo, descoloração, escovação com secador muito quente, entre outros também podem agravar a queda.

O cabelo afina com a idade, o que não tem cura.

Há diferentes graus de perda de cabelo, o que pode ser analisado por um dermatologista. Um exame, chamado dermatoscopia, também pode auxiliar na análise da perda e do afinamento do cabelo.

Régis também indica que sejam feitas, periodicamente, revisões laboratoriais, como exames de sangue, por conta da possibilidade da queda estar associada à ação de hormônios ou minerais.

Dermatologistas podem verificar o avanço e grau do quadro, e, se necessário, indicar tratamentos tópicos, orais, injetáveis, com laser e até mesmo implantes.

Contudo, segundo Régis, “não tem como ter o cabelo que você tinha na juventude”.

Fonte: Folha de S. Paulo