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Foi realizado dia 17 de maio, o curso “Situações Clínicas Não Usuais No Cotidiano Do Dermatologista”, durante a 23ª Feira+Fórum Hospitalar 2016, no Expo Center Norte, em São Paulo. Foram duas turmas participantes, uma das 13h30 às 15h30 e outra das 16 às 18 horas.

Coordenado pelo médico anestesista e Diretor do Departamento de Defesa Profissional da Sociedade Brasileira de Anestesiologia Dr. Enis Donizetti Silva, pelo presidente da SBD-RESP e Chefe de equipe de Dermatologia do Hospital Sírio Libanês em São Paulo, Dr. Reinaldo Tovo Filho, pelo Dr. Jayme de Oliveira Filho e pela Drª Flávia Ravelli, o curso foi ministrado por médicos anestesistas e intensivistas. A parte prática contou com manequins e três estações divididas em massagem cardíaca, DEA (desfibrilador automático externo) e vias aéreas.

O objetivo do curso foi preparar e atualizar o dermatologista no manejo de equipamentos para situações de urgências e emergências em consultórios. Especialmente agora que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) tornou obrigatória a presença de equipamentos para reanimar o paciente, entre eles o desfibrilador, em consultórios que fazem procedimentos que necessitem de anestesia.

Dr. Enis Donizetti Silva afirmou que os participantes entenderam bem a mensagem e se mostraram muito interessados: “Perguntavam como poderiam melhorar, como incrementar a estrutura de seus consultórios, demonstrando preocupação genuína com a segurança do paciente”.

Ele também ficou, em um primeiro momento, surpreso com vários casos narrados pelos dermatologistas de intoxicação por anestésicos locais em seus consultórios. “Porém, se pensarmos que, com a desospitalização, de 60% a 70% dos procedimentos passaram a ser realizado em ambulatórios ou clínicas particulares, é possível entender por que esses casos parecem ter aumentado”, admite.
A anestesista Claudia Simões, que atua no Hospital Sírio-Libanês e no Hospital das Clínicas, São Paulo, conta que os participantes do curso tinham muito interesse em saber como o desfibrilador funciona e como deve ser armazenado e usado. “Os pacientes não tinham noção da importância do anestesista. Isso está crescendo. E ser chamada para ministrar aulas como essas de hoje já é um reconhecimento. Fico lisonjeada”.

O médico residente (R3) Enock Ferreira, que atua nos hospitais Sírio-Libanês, Samaritano e Oswaldo Cruz, também na capital paulista, comentou: “A anestesia passeia por todas as áreas da medicina. Ela é um sinônimo de segurança e de conforto para o paciente. E os dermatologistas demonstraram interesse, queriam também realizar o procedimento e não apenas assistir a alguém fazendo. As perguntas foram muito pertinentes. Fiquei positivamente surpreso”.

Com ele concorda o colega Lucas Lopes Coelho, também residente (R2) e atuando nos mesmos hospitais: “Falei mais sobre o DEA, que agora tem seu uso obrigatório em consultórios. As pessoas se mostraram curiosas e muito interessadas em aprender. Eu narrava o que deveria ser feito e elas iam praticando com os manequins. A maior dúvida era mesmo sobre como ligar o aparelho”.

Drª Carla Presti, que tem sua clínica particular na capital, também do Hospital Sírio-Libanês, aprovou o curso: “Achei ótimo. Gostei especialmente da aula do Dr. Enis e as estações foram bem explicativas”. A Drª Leila Bloch, que também atua no Hospital Sírio-Libanês, elogiou o curso: “Gostei, foram aulas práticas, realistas, para atender as necessidades dos associados. Dr. Enis explicou o que precisamos ter, independente do que é exigido. Agora, quero que minha equipe também aprenda. Foram duas horas muito bem aproveitadas. Depois, fui conhecer o espaço e fazer orçamento de produtos que preciso na Feira Hospitalar. Os coordenadores do curso estão de parabéns”.

Dr. Reinaldo Tovo Filho adianta que no segundo semestre deste ano haverá nova edição do curso, a ser realizada na sede da SBD-RESP. A data será definida e divulgada futuramente.