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O último mês do ano, para os entusiastas da dermatologia, é considerado “Dezembro Laranja”. Ele é o período de maior conscientização sobre os riscos e os tratamentos dedicados ao câncer de pele, um dos mais comuns em nosso país tão solar. Conversamos com Fernanda Rytenband, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia e professora do Departamento de Dermatologia da Faculdade de Medicina de Santo Amaro, sobre o tema e respondemos as principais dúvidas do Google a respeito do câncer de pele.

No Brasil, o número de casos novos de câncer de pele não melanoma esperados, para cada ano do triênio 2020-2022, é de 83.770 em homens e de 93.160 em mulheres, correspondendo a um risco estimado de 80,12 casos novos a cada 100 mil homens e 86,65 casos novos a cada 100 mil mulheres, segundo “Estimativa 2020 – Incidência de Câncer no Brasil.

 

O que é o câncer de pele?

O câncer de pele nada mais é do que uma proliferação maligna exagerada das células da pele. Ele é geralmente causado pela exposição solar excessiva.

Quais são os tipos mais comuns de câncer de pele aqui no Brasil?

Os tipos mais comuns no Brasil são os mesmos do resto do mundo: o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular, conhecidos também como câncer de pele não melanoma.

Como posso identificá-lo?

O câncer de pele pode começar como uma bolinha vermelha, parecida com uma espinha, uma feridinha que não cicatriza ou como uma pinta que aumenta de tamanho ou fica mais escura. A avaliação dermatológica nesses casos é essencial para o diagnóstico e o tratamento.

Tomar sol pode causar câncer?

A exposição solar é, sem dúvida, o maior fator relacionado ao câncer de pele, mas sabemos que existem algumas situações em que ela não é o único fator envolvido. Podemos citar como exemplo os cânceres que surgem em cicatrizes de queimadura e feridas crônicas relacionadas a alterações genéticas.

Qual é a quantidade ideal da aplicação do protetor solar, grande aliado contra o câncer de pele?

Devemos aplicar a quantidade equivalente a uma colher de chá no rosto, pescoço e cabeça; uma colher de chá para as costas; uma para região peitoral e uma para cada braço. Nas pernas devemos aplicar 2 colheres de chá em cada.  Lembrando que a orientação é de que se reaplique o protetor a cada 3h, sendo que em casos de exposição maior (quando vamos a praia, por exemplo) esse intervalo muda para duas horas.

Posso recuperar a pele depois de anos tomando sol sem proteção?

O efeito cumulativo do sol, infelizmente, não é reversível. Contudo, devemos sempre continuar utilizando o protetor solar para a prevenção, uma vez que se a exposição excessiva persiste, existe a possibilidade dos tumores surgirem em maior quantidade e com maior frequência.

Quais são os principais tratamentos contra o câncer de pele?

Os principais tratamentos contra o câncer de pele são cirúrgicos. No caso da impossibilidade destes, temos outras opções como a criocirurgia (congelamento com nitrogênio líquido) e, em casos específicos, o tratamento com pomadas quimioterápicas.

A queimadura solar, na pele, pode virar câncer?

A queimadura solar em si não vira câncer de pele. Porém, pessoas que se queimam frequentemente apresentam um risco muito maior de desenvolver câncer de pele, inclusive melanoma.