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Enquanto pesquisadores buscam soluções definitivas, conheça os recursos mais recentes para prevenir e disfarçar esse problema.

Um laser que destrói pigmentos por ação mecânica, e não pelo calor; um rolo com microagulhas que deixa a pele permeável às substâncias clareadoras; e um peeling tecnológico, que une ácidos e ponteiras esfoliantes estão entre as novidades para combater o melasma.

As manchas de cor amarronzada que recobrem partes do rosto, como buço, testa e bochechas, estão entre as queixas mais comuns nos consultórios dermatológicos. Segundo pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp), a estimativa é de que o melasma acometa de 15% a 35% das mulheres brasileiras.

Sem formato definido, costuma surgir por volta dos 30 anos e tende a ficar mais controlado após a menopausa. Esse tipo de mancha surge devido à superprodução de melanina (pigmento que dá cor à pele) ou à hiperdilatação de vasos sanguíneos.

As causas que levam a pele a apresentar essas condições, no entanto, é um desafio para os médicos, já que são complexas e de difícil contenção. O que se sabe até agora é que determinados fatores desencadeam a hiperpigmentação, o que ajuda a mapear as possíveis origens do problema para que se encontre a melhor forma de contornar a situação.

Embora os novos tratamentos disponíveis apresentem resultados empolgantes, ainda não se conhece a cura definitiva para o melasma e sua recidiva é frequente. Por isso, é preciso ficar sempre atenta e cuidar para evitar que ela ocorra.

Múltiplas causas

Uma coisa é certa: nas pessoas que sofrem com o melasma, os melanócitos, células produtoras de melanina, se comportam de maneira diferente. “Especula-se que, nesse caso, o hormônio receptor dos melanócitos seja mais eficiente e, portanto, produza mais pigmento”, afirma a dermatologista Denise Steiner, coordenadora do Departamento Científico da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Justamente por isso a cura ainda é um desafio e, mesmo após os tratamentos, as manchas teimam em voltar sob estímulos internos e externos. Conheça os possíveis fatores causadores do problema:

Genética: Ainda não está comprovada uma relação de genes específicos que poderiam explicar o aparecimento do melasma, mas a prevalência em determinados biotipos sugerem a ligação. Sabe-se, por exemplo, que morenas, negras e asiáticas têm mais predisposição do que mulheres bem brancas, como as europeias.

Exposição solar: Quando qualquer parte do corpo é exposta ao sol sem proteção, a hiperpigmentação ocorre também na face – mesmo que ela tenha sido protegida. “A radiação desencadeia a produção de um hormônio que estimula o bronzeamento. Há receptores dele em todo lugar, inclusive na área do melasma, o que acaba reativando a coloração”, explica o dermatologista Jardis Volpe, de São Paulo.

Calor: Basta entrar em um automóvel que ficou horas sob o sol para as manchas se tornarem mais aparentes? Segundo os especialistas, as altas temperaturas dilatam os vasos, evidenciando o problema em peles predispostas.

Luz visível: É aquela que podemos ver a olho nu, como de lâmpadas, celulares e computadores. Estudos vêm demonstrando que ela tem efeito direto sobre a produção (embora em menor proporção) de radicais livres, que danificam as células (incluindo os melanócitos).

Alterações hormonais: Gravidez, tratamentos de fertilização ou uso de pílula anticoncepcional são apontados como os principais desencadeadores, e o vilão seria o hormônio (feminino) estrógeno – quando produzido em maior quantidade, aumenta a atividade dos melanócitos. O stress, que eleva o nível de cortisol, também é considerado fator agravante.

Para usar em casa

Mesmo que não tenha cura, o melasma pode ser controlado. Para isso, incluir um filtro solar eficiente na rotina diária de cuidados com a pele é mais que obrigatório. “Ele deve proteger contra os raios UVA e UVB (não apenas um ou outro) e ter FPS acima de 50. Melhor ainda se tiver cor”, explica a dermatologista carioca Daniela Lemes (1. Fluido Protetor Facial Ultraleve Tonalizante FPS 60, Natura Chronos, 74 reais*).

O pigmento que dá tom a protetores, bases e pós de maquiagem (2. Base UV Protective Compact Foundation SPF 35, Shiseido, 247 reais*) forma umabarreira física até mesmo contra a luz visível. Sob o sol, reaplique o produto a cada duas horas e use chapéu sempre que possível.

No escritório, faça no mínimo uma reaplicação por dia. Cápsulas orais de fotoproteção com ingredientes como polipodium leucotomos, picnogenol ou ácido tranexâmico reforçam a defesa do organismo. Existem versões prontas disponíves em farmácias, mas, de preferência, elas devem ser manipuladas de acordo com um pedido médico.

Em casa, o tratamento mais efetivo com dermocosméticos contém hidroquinona (3. Despigmentante Advanced Pigment Corrector, Skinceuticals, 459 reais*), arbutim, decapeptídeo e ácido tranexâmico (4. Sérum Clareador Melan-Off, Adcos, 197 reais*), agentes clareadores que inibem a produção de melanina, e antioxidantes, que agem contra os radicais livres.

Em tempo: se você usa anticoncepcional hormonal ou qualquer medicamento que possa provocar alterações hormonais, converse com seu médico para ver se há algum substituto melhor para o seu caso.

Tecnologia antimanchas

Há três tipos de melasma: epidérmico, que atinge a superfície da pele; dérmico,que é mais profundo; e misto (o mais comum), que engloba ambas as características. Veja o que há de novo para tratá-los no consultório do dermalogista:

Enlighten
É um laser de última geração que emite pulsos luminosos em uma fração de tempo muito veloz, chamada de picossegundo (12 vezes mais rápido que 1 segundo). Sua vantagem em relação aos lasers mais antigos é que ele destrói o pigmento por ação mecânica, e não pelo calor (que é justamente um fator desencadeante do problema), diminuindo o risco de efeito rebote. Pode ser usado para tratar todos os tipos de melasma e em qualquer tipo de pele.
Frequência: de quatro a seis sessões, uma a cada 15 dias.
Preço médio da sessão: 1,5 mil reais.

Drug delivery
Com um roller (rolo com microagulhas) ou laser, são feitas microperfurações na pele com o objetivo de deixá-la mais permeável e receptiva às substâncias clareadoras, como ácido kójico, mandélico ou hidroquinona, aplicadas logo em seguida pelo dermatologista. Como pode causar dor ou sensibilidade, a anestesia tópica é indicada. Trata todos os tipos de melasma.
Frequência: três sessões, uma a cada quatro semanas.
Preço médio da sessão: 850 reais.

HydraFacial
Conhecido como peeling tecnológico, é um aparelho que une a aplicação de ácidos a ponteiras mecânicas esfoliantes. O procedimento remove células “manchadas” da superfície da pele. “Tão importante quanto bloquear a formação de melanina é remover o que já está estocado nas células da camada córnea”, explica a dermatologista Érica Monteiro, colaboradora do Departamento de Dermatologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Por isso, é mais efetivo nos casos de melasma dérmico. Por fim, é aplicada uma ponteira de LED infravermelha, que tem ação antiinflamatória e e diminui o risco de hiperpigmentação. O tratamento deve ser feito no outono e inverno para evitar os meses em que há maior exposição solar.
Frequência: de três a oito sessões por ano.
Preço médio da sessão: 750 reais.

Esconde-esconde

Juliana Rakoza, maquiadora oficial da Maybelline NY, ensina os truques para apagar as manchas do rosto temporariamente

• O primeiro passo é neutralizar o tom amarronzado com corretivo de cor salmão ou laranja. Aplique com pincel e esfume bastante. Se não tiver esse produto, vale fazer uma mistura de corretivo comum com batom em uma dessas cores. Mas, se a mancha não for muito escura, um primer do mesmo tom dá conta do recado.

• Com pincel específico, aplique uma base de alta cobertura. Esfume bem e, se for preciso, aplique uma segunda camada de base apenas sobre a mancha.

• Finalize a pele com uma camada de pó translúcido para reforçar a camada de base.

• Prefira blushes rosados ou pêssego – marrom evidencia o melasma.

Tecnologia antimanchas

Há três tipos de melasma: epidérmico, que atinge a superfície da pele; dérmico,que é mais profundo; e misto (o mais comum), que engloba ambas as características. Veja o que há de novo para tratá-los no consultório do dermalogista:

Enlighten
É um laser de última geração que emite pulsos luminosos em uma fração de tempo muito veloz, chamada de picossegundo (12 vezes mais rápido que 1 segundo). Sua vantagem em relação aos lasers mais antigos é que ele destrói o pigmento por ação mecânica, e não pelo calor (que é justamente um fator desencadeante do problema), diminuindo o risco de efeito rebote. Pode ser usado para tratar todos os tipos de melasma e em qualquer tipo de pele.
Frequência: de quatro a seis sessões, uma a cada 15 dias.
Preço médio da sessão: 1,5 mil reais.

Drug delivery
Com um roller (rolo com microagulhas) ou laser, são feitas microperfurações na pele com o objetivo de deixá-la mais permeável e receptiva às substâncias clareadoras, como ácido kójico, mandélico ou hidroquinona, aplicadas logo em seguida pelo dermatologista. Como pode causar dor ou sensibilidade, a anestesia tópica é indicada. Trata todos os tipos de melasma.
Frequência: três sessões, uma a cada quatro semanas.
Preço médio da sessão: 850 reais.

HydraFacial
Conhecido como peeling tecnológico, é um aparelho que une a aplicação de ácidos a ponteiras mecânicas esfoliantes. O procedimento remove células “manchadas” da superfície da pele. “Tão importante quanto bloquear a formação de melanina é remover o que já está estocado nas células da camada córnea”, explica a dermatologista Érica Monteiro, colaboradora do Departamento de Dermatologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Por isso, é mais efetivo nos casos de melasma dérmico. Por fim, é aplicada uma ponteira de LED infravermelha, que tem ação antiinflamatória e e diminui o risco de hiperpigmentação. O tratamento deve ser feito no outono e inverno para evitar os meses em que há maior exposição solar.
Frequência: de três a oito sessões por ano.
Preço médio da sessão: 750 reais.

Esconde-esconde

Juliana Rakoza, maquiadora oficial da Maybelline NY, ensina os truques para apagar as manchas do rosto temporariamente

• O primeiro passo é neutralizar o tom amarronzado com corretivo de cor salmão ou laranja. Aplique com pincel e esfume bastante. Se não tiver esse produto, vale fazer uma mistura de corretivo comum com batom em uma dessas cores. Mas, se a mancha não for muito escura, um primer do mesmo tom dá conta do recado.

• Com pincel específico, aplique uma base de alta cobertura. Esfume bem e, se for preciso, aplique uma segunda camada de base apenas sobre a mancha.

• Finalize a pele com uma camada de pó translúcido para reforçar a camada de base.

• Prefira blushes rosados ou pêssego – marrom evidencia o melasma.